16:36
"Donde saiu este homem?
Nao peço que me digam onde nasceu, quem foram os seus pais, que estudos fez, que projecto de vida desenhou para si e para a sua família.
Tudo isso mais ou menos o sabemos, tenho aí a sua autobiografia, livro sério e sincero, além de inteligentemente escrito.
Quando pergunto donde saiu Barack Obama estou a manifestar a minha perplexidade por este tempo que vivemos, cínico, desesperançado, sombrio, terrível em mil dos seus aspectos, ter gerado uma pessoa (é um homem, podia ser uma mulher) que levanta a voz para falar de valores, de responsabilidade pessoal e colectiva, de respeito pelo trabalho, também pela memória daqueles que nos antecederam na vida.
Estes conceitos que alguma vez foram o cimento da melhor convivência humana sofreram por muito tempo o desprezo dos poderosos, esses mesmos que, a partir de hoje (tenham-no por certo), vao vestir à pressa o novo figurino e clamar em todos os tons - “Eu também, eu também”. Barack Obama, no seu discurso, deu-nos razoes (as razoes) para que nao nos deixemos enganar. O mundo pode ser melhor do que isto a que parecemos ter sido condenados.
No fundo, o que Obama nos veio dizer é que outro mundo é possível.
Muitos de nós já o vinhamos dizendo há muito.
Talvez a ocasiao seja boa para que tentemos pôr-nos de acordo sobre o modo e a maneira.
Para começar". 21/01
Dica do Mauricio Machado
Publicado no Caderno do Saramago
Remetido ao Anacoluto por
Vera Parente
"Donde saiu este homem?
Nao peço que me digam onde nasceu, quem foram os seus pais, que estudos fez, que projecto de vida desenhou para si e para a sua família.
Tudo isso mais ou menos o sabemos, tenho aí a sua autobiografia, livro sério e sincero, além de inteligentemente escrito.
Quando pergunto donde saiu Barack Obama estou a manifestar a minha perplexidade por este tempo que vivemos, cínico, desesperançado, sombrio, terrível em mil dos seus aspectos, ter gerado uma pessoa (é um homem, podia ser uma mulher) que levanta a voz para falar de valores, de responsabilidade pessoal e colectiva, de respeito pelo trabalho, também pela memória daqueles que nos antecederam na vida.
Estes conceitos que alguma vez foram o cimento da melhor convivência humana sofreram por muito tempo o desprezo dos poderosos, esses mesmos que, a partir de hoje (tenham-no por certo), vao vestir à pressa o novo figurino e clamar em todos os tons - “Eu também, eu também”. Barack Obama, no seu discurso, deu-nos razoes (as razoes) para que nao nos deixemos enganar. O mundo pode ser melhor do que isto a que parecemos ter sido condenados.
No fundo, o que Obama nos veio dizer é que outro mundo é possível.
Muitos de nós já o vinhamos dizendo há muito.
Talvez a ocasiao seja boa para que tentemos pôr-nos de acordo sobre o modo e a maneira.
Para começar". 21/01
Dica do Mauricio Machado
Publicado no Caderno do Saramago
Remetido ao Anacoluto por
Vera Parente
Nenhum comentário:
Postar um comentário